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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Autoestrada para a alegria



Uma das maiores ilusões que vivemos é de que estamos sozinhos. Normalmente e quando nos sentimos mais cansados ou deprimidos esse é o sentimento de base, a solidão ou o medo da solidão. Como se estivéssemos isolados num quarto escuro. Essa é uma das grandes ilusões. Nenhum de nós está só. Mesmo que não haja uma alma gémea de momento para partilhar o sofá nas noites frias, todos nós fazemos parte de uma comunidade ou de várias sub-comunidades.

Por exemplo, a comunidade do ou dos locais onde trabalhamos, a nossa família, os diferentes grupos de amigos, a comunidade do local onde vamos beber um café ou mesmo a comunidade de pessoas com quem nos cruzamos todos os dias.

Hoje estou especialmente agradecida por todos estes grupos de pessoas que fazem parte da minha vida, é certo que há algumas mais significativas do que outras, mas poder ir passear a minha Shanti e dizer bom dia a todos aqueles que enfrentam o frio da manhã e com um sorriso enorme me respondem de volta, é uma sorte e acima de tudo uma benção.

Poder participar na vida da minha família e dizer-lhes o quanto os amo, poder-lhes dar um abraço e mais beijo só porque sim, é uma benção.

Poder pegar num telefone e dizer o quanto sinto saudades de conversas e presenças é uma benção.

E todos os dias temos esta oportunidade de ver a beleza em todos os que se cruzam connosco, de fazer diferente e fazer melhor, de nos preocuparmos com o outro e de ajudar a quem nos pede ajuda.

A gratidão é autoestrada certa para aquela alegria que queremos que nos preencha todos os dias.

E vermos o mundo com outros olhos é uma forma de conhecimento, plenitude e até há quem lhe chame iluminação!

Namasté
Love you  all

PS: E se mesmo assim precisarem de mais alguma coisa para vos relembrar vejam ou revejam o documentário HOME no link a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU&wide=1

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Criar raizes ou Deixar ir



Perceber qual é o momento para se deixar de lutar, ou abandonar uma prática não é fácil. Será que é agora? Será que ainda tenho mais alguma coisa dentro de mim que me diz que tenho de dar mais? Como é que percebemos essa diferença?

Um exemplo prático, no início quando comecei a meditar havia dias que não me apetecia, que a minha mente punha obstáculos e arranjava todas as desculpas para não ter de mergulhar na ansiedade de parar e permanecer parada (entenda-se fisicamente). Mas sabia que sempre que ia fundo nessa ansiedade, conseguia emergir do outro lado tranquila e no meu centro. Aí se tivesse ouvido a minha mente dizer-me para não o fazer, ao ponto de me criar um mini aperto no coração, não tinha conseguido ultrapassar uma série de barreiras e camadas que eu desconhecia em mim. Neste caso, ainda bem que me contrariei.

Então e quando nos contrariamos para fazer algo que não queremos, porque "tem de ser"?

Acho que as perguntas que pode fazer-nos nestes casos são: "Isto é para o meu bem maior"?, "Há algum objectivo que eu queira atingir que seja para uma maior aprendizagem e consciência de mim"?, então força continuem e "lutem" por essa consciência e conhecimento. Levantem-se da cama quando não apetece, dêem mais aquele "bocadinho assim", e aposto que no final da vida quando olharmos para trás vai ter valido a pena. Afinal foi feito por amor! Se não for, tá na hora de deixar ir...

Namasté


terça-feira, 9 de outubro de 2012

SER LIVRE



Estuda, trabalha, casa-te, tem filhos, vê televisão, segue o que os outros dizem, obedece sem fazer perguntas, e depois repetimos todos juntos: EU SOU LIVRE!!!!

Desde pequenina que esta sequência infernal me assusta. Já até perdi alguns momentos e pessoas na vida por medo de que isto me acontecesse. Ficar igual aos outros, adormecida, em estado Zombie. Viva, mas só a metade. Fazer parte das regras e segui-las cegamente por causa do "deve de ser assim" ou do "tem de ser assim".

É um privilégio viver numa altura destas, quando tantos estão a acordar e ao contrário dos filmes de terror Série B  dos Mortos vivos, aqui, no mundo real, podemos passar a ser humanos e viver a vida de modo pleno.

Estudar - Estudem aquilo que vos dá prazer, não só porque tem um certificado ou porque dá um título qualquer

Trabalhar - Se passamos 8 horas do nosso dia a trabalhar (pelo menos) porque não fazer algo que gostamos, ou que nos faça sentido? Entreguem-se aquilo que fazem a 100% e tenham orgulho em fazê-lo bem feito

Casar (ou namorar, ou a versão imoral:o ajuntamento) - Claro que sim, mas que seja porque realmente o queremos, não para preencher vazios ou por convenção social. Que seja para viver o amor em cada dia (idealmente claro)

Ter Filhos: Se quiseres, se achares que esse é o teu caminho... Há tantas pessoas felizes e realizadas que não os têm... Se olhares para dentro e realmente o quiseres força, o mundo precisa da alegria e da inocência das crianças

Ver televisão: Há um mundo maravilhoso lá fora. Que tal um passeio de noite mesmo no inverno? O serão pode ser feito com leitura em família, com um passeio ao frio, numa noite a ver as estrelas... É mesmo preciso ficar em casa a ver televisão todas as noites?

Segue o que os outros dizem: Vive de acordo com a tua experiência. Questiona, experimenta, se não gostares não o voltes a fazer... Desde que vivamos com respeito por nós e pelos outros as possibilidades são praticamente infinitas.. Verdade e Respeito sempre.

Está na altura de cada um ser líder de si próprio, fazer as suas escolhas e viver as consequências dessas escolhas. Sejam elas mais ou menos agradáveis, mas está na altura de crescermos e sermos responsáveis por aquilo que fazemos.

No fim disto tudo, com consciência daquilo que fazemos, ao vivermos a vida de forma plena, aí sim somos LIVRES (e felizes)

Love you


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Criadores de sonhos


Somos todos criadores de sonhos.

As principais diferenças entre seres humanos (sem distinção de género) quando se trata de criar sonhos e ter intuições é que alguns acreditam tantos nelas que contra os pessimistas e "vai-se andando"s deste mundo, realizam e materializam aquilo que realmente querem.


Daí a importância de muitas vezes mantermos aquilo que queremos fazer para nós. Não é mentir, é protegermo-nos dos "vai-se andandos" e dos "isso não dá com a maneira como as coisas estão". É não deixarmos que o sonho ou a intuição que queremos realizar seja mandada abaixo quando ainda está nessa fase desmaterializada. Se quiserem realmente partilhar com aqueles que vos encorajam então façam-no, mas correndo sempre o risco de apanhar o outro num dia em que o alter ego pessimista é presidente. Aí só têm de ser fortes e acreditar naquilo que visionam para a vossa vida porque mais ninguém a pode viver por vocês.

Não alimentemos assim os dramas, as pequenezas, e as distorções da maravilha que somos, vivam a vossa vida e rodeiem-se de quem vos encoraja, assim mais facilmente também passam a viver a vida a encorajar os outros a serem a melhor versão deles. É pescadinha de rabo na boca e tem de começar em nós.

Ouçam a vossa intuição e sigam-na! Vivam o vosso sonho sempre

Há um Yoga Sutra que para mim se parece encaixar perfeitamente neste tema:

"maitryādiṣu balāni" -  Yoga Sutra 3.24
Pelo Samyama na amizade e qualidades que tais, é obtido o poder para as transmitir.

Rodeiem-se de amizade, amor e alegria na vossa vida, vivam nessas qualidades, materializem os vossos sonhos e transmitam-nas a quem não as vive, mas por favor, não se deixem arrastar pelos turbilhões alheios. Essa não é a nossa verdadeira natureza


Love you

PS: As minhas sinceras desculpas a todos aqueles a quem eu já matei sonhos com desculpas de realidade. É um processo esta coisa do viver. Vou tentar viver neste nível mais elevado sempre, mas se por acaso em alguma ocasião não o conseguir desculpem-me, prometo que volto a tentar sempre.



PSS:No Yoga Sutra de Patanjalisamyama é o conjunto formado por Dhárana (concentração), Dhyána (meditação), e Samádhi (iluminação ou hiperconsciência), sendo que cada estágio é o aprofundamento do anterior. ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Samyama

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Aceitar o Outono cá dentro

Épocas de transição nunca são fáceis e quando falamos de passar do Verão para o Outono ainda pior. É como se o Outono fosse a época aberta para a depressão. Pois bem meus amigos, se quiserem que assim seja, então assim será. 

Na nossa mente sempre associámos as Estações (ou pelo menos grande parte de nós) a emoções de alegria ou tristeza, a julgamentos de bom ou mau. No Verão podemos vir para fora, andar com pouca roupa, sem preocupações, são as férias, é a liberdade total. No Outono começam aparentemente as limitações no exterior, vem o frio, vem a chuva, mas também vem o cheiro a castanhas na rua, o conforto do cachecol, o voltar a casa. É altura de voltar a casa. 

Podemos entendê-lo só no sentido físico, mas acima de tudo o Outono é parte fundamental do ciclo de criação e destruição que acontece sempre, todos os anos e a cada respiração.
O Outono é mais uma oportunidade de aprofundar a meditação, olhar mais para dentro e colher os frutos daquilo que plantámos no inicio do ano. 

Se se sentirem com mais vontade de dormir, durmam, se o pico de energia já não estiver lá em cima desde as 7 da manhã... azar. Aceitemos as estações do ano como parte normal e maravilhosa do ciclo da nossa natureza e vamos celebrar esses ciclos. 

Vamos dar uma volta e ver as cores mais bonitas do ano, vamos aproveitar para beber o chá e ler o livro que não deu para ler na praia, vamos pisar folhas secas caídas das árvores e ouvir aquele som de Outono, vamos tirar os casacos de malha do armário e aproveitar cada momento, porque tudo passa rápido demais e aposto convosco que entretanto chega Agosto.

Namasté

PS: Esta foto foi tirada no Parque das Caldas a semana passada, se puderem vão lá porque as cores estão incriveis. Aproveitem para ouvir o pisar das folhas...

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Paz paz paz




Hoje dia 21 de Setembro é o dia Mundial da Paz. E correndo o risco de soar candidata a Miss Portugal o meu sonho é mesmo que haja Paz no mundo.

Muitos de nós não conhecemos essa Paz, vamos tendo rasgos ocasionais que acontecem esporadicamente quando fazemos algo que gostamos. Sabemos que falta alguma coisa, só não sabemos o quê. E podemos passar uma vida (ou mais) à procura disso lá fora, nos bens materiais ou nas relações com as pessoas.

Quando encontrei a prática de Yoga, e a Meditação foi-se dando uma transformação que ainda hoje está em andamento. Podemos não viver sempre em Paz, mas pelo menos que saibamos lá ir dar.

De acordo com o Vedanta temos "camadas" (Koshas) a trabalhar em nós para chegarmos ao centro ou ao contentamento:

Anatómica - Anamaya Kosha 
Fisiológica  - Pranamaya Kosha, que inclui os nossos sistemas respiratório, circulatório, reprodutor, etc
Psicológica - Manomaya Kosha, o reino do sentir
Intelectual - Vijñanamaya Kosha, que inclui a razão e o julgamento
Contentamento - Anandamaya Kosha, que corresponde ao estado acordado, de consciência daquilo que somos (samadhi)

E o caminho é para dentro. É um caminho de auto descoberta, de conhecer quem realmente somos, de aceitação das partes menos boas, e é aceitar que muitas vezes nos iludimos em relação a quem somos.
É um trabalho exigente que pode gerar birras, mau humor, negação, mas depois gera também a consciência e a plenitude. Daí valer a pena cada olhar para dentro, cada camada que vamos atravessando até chegarmos ao centro.

E na prática? A prática de Yoga permite-nos trabalhar tudo isto: Anatómico, Fisiológico, Psicológico, Intelectual e o Samadhi. Durante uma prática completa, Ásana e Pranayama (Posturas Fisicas e Respiração consciente), Concentração e Meditação fazem-nos chegar lá. Mesmo que sejam só com algumas luzes inicialmente, mesmo que seja aos poucos, e um bocadinho de cada vez.

Mas com mais ou menos caos, mais ou menos paz, vale a pena cada tentativa e cada momento de Centro e de Consciência.

Hoje pare dois minutos e medite, ou reze ou peça pela sua paz. O resto vem da transformação que ocorre a partir de dentro

Om Shanti, shanti shantii

Love you all

PS: Desculpem as faltas na escrita em sânscrito, mas tentei com a minha melhor intenção passar para a grafia portuguesa e fonia sancrita. Mais sobre o assunto em: http://en.wikipedia.org/wiki/Sanskrit#Writing_system

PSS: Informação retirada do livro Light on Pranayama, BKS Iyengar

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Portugal: uma visão cientifica e em consciência


Para as mentes que foram educadas no processo cientifico e que só vão lá com a lógica da ciência, há alguns conceitos difíceis de abarcar. Eu sou na minha essência assim, só acredito se passo por elas.
E embora seja sempre avessa a sensacionalismos do telejornais e outros meios de controlo de massas, vivo neste mundo portanto sou afectada pelo que se passa nele. Para mim e segundo aquilo que experiencio a prática de yoga ou de meditação é para me "ligar" e para aprender o que vim cá aprender. Só nessa aceitação e nessa consciência a minha vida faz sentido (o que não tem de ser verdade para todos).

Estes últimos dias têm sido um acordar para muitos, finalmente percebemos que há algo de fundo que tem de mudar no nosso país. Parece-me que é a consciência colectiva a invadir o país, mas se quisermos ser mais pragmáticos, chamemos-lhe a revolta.

Aqui há muitos anos esbarrei com um livro que me fez todo o sentido porque é escrito por um daqueles senhores doutores à séria, cheios de PhD e titulos afins que através de um processo cientifico explica o inexplicável para quem escolhe viver desligado.
Ele é professor na Universidade de Stanford e dedicou a sua vida ao estudo da estrutura da matéria, e uma das conclusões que ele chegou é que há uma série de energias subtis que formam e moldam a realidade. Uma das conclusões a que chegou foi que os sítios que habitamos e onde estamos adquirem a nossa energia segundo a intenção que lhe damos (todo o processo e modelo cientifico em Science and Human Transformation, William A. Tiller, Phd), só assim se explica a sensação de paz quando entramos num local sagrado, ou a sensação de pavor que sentimos noutros locais (já se sentiram com vontade de fugir de casa de alguém porque o ambiente era muito pesado? e até nem era das pessoas naquele momento?).

O que ele tenta provar no trabalho de uma vida inteira é que há uma consciência colectiva e que bastam alguns para mudar e estabilizar a energia num dado nível. Se muitos mantivermos a intenção em algo, essa intenção materializa-se devido à energia do grupo. E até afecta a intenção de pessoas que não tinham essa visão. Também é verdade para seres individuais, vulgo pessoas. Por exemplo se quisermos mudar o rumo de algo, primeiro temos de acreditar que pode ser mudado. Depois agimos de acordo com essa crença. Materializamos aquilo que pensamos.

Tem sido inspirador ver que já passámos à segunda fase, agora agimos de acordo com essa crença... Mas de nada vale ficarmos revoltados com o governo e depois fazermos o mesmo. A mudança tem de partir de nós...

 Podemos exigir honestidade e transparência aos outros? Claro que podemos... Mas para isso temos de estar dispostos a viver em honestidade e transparência na nossa vida.
 Se tiverem mais um cêntimo de troco devolvem-no?
 Alguma vez manobraram o sistema em proveito próprio (e no fim ainda disseram se não fosse eu era outro)? Acho que todos nós já o fizemos senão não estaríamos onde estamos como Nação.

Olhemos todos para dentro e desculpem-me os perfeitos que já o fazem sempre, mas a pergunta é: em que é que eu não estou a ser honesta e transparente na minha vida?

À medida que cada um de nós for criando em si esta honestidade e transparência, o paradigma do país muda... É ciência e matemática da mais pura e lógica

Que a consciência seja o nosso motor de mudança

Namasté

Love you all


PS: Tiller, William A., Science and Human Transformation: Subtle Energies, Intentionality and Consciousness, Editora Pavior
  http://www.amazon.com/Science-Human-Transformation-Intentionality-Consciousness/dp/0964263742

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pranayama... Quê?

A primeira vez que um professor de yoga me disse para inspirar ou expirar a fazer o que quer que fosse, deu-me vontade de lhe perguntar: "Mas acha mesmo que eu não sei respirar?" e a resposta tantos anos depois é óbvia, claro que não sabia.

Não sabia que a respiração me ajudaria a regular a mente, o sistema nervoso e o prana (energia vital). Não sabia que pode ser usada como forma de equilibrar diariamente o meu corpo, ou em modo SOS de ansiedade. Não sabia que me ajudaria a eliminar o caos mental diário e que me ajudaria a aprender a concentrar num só pensamento de cada vez e durante algum período de tempo. Não sabia que me ajudaria a lidar com tantas coisas posteriormente na minha vida.

 Mas como boa "chica-esperta" que sou, tinha a mania que sabia. Se todos soubéssemos dos obstáculos que saem da nossa vida assim que eliminamos o "chico-espertismo", o mundo já era outro.

Assim quando estiverem numa aula e o professor começar com Pranayama (os ditos exercicios de controlo consciente da respiração) experimentem fazê-los a 100%. E depois digam-me o que acharam.

Há vários tipos diferentes de pranayamas: para "acordar", para equilibrar, para acalmar, e acima de tudo para enchermos de prana (energia vital) o nosso corpo. Devemos fazê-los com a ajuda de um professor qualificado e experiente que nos possa guiar, de modo a que o processo ser fácil e tranquilo. Acreditem que não querem mega dose de prana sem estarem preparados para isso.

                                                
Para começar podem começar com a respiração diafragmática, usando toda a vossa capacidade pulmonar, oxigenando assim o vosso corpo da maneira plena que ele merece.


- Quando inspiramos, o diafragma desloca-se para baixo, ficando quase plano (diminuindo
a pressão do ar nos pulmões e puxando o ar para dentro) e o abdómen desloca-se para fora
- Quando expiramos, o diafragma desloca-se para cima, ficando semelhante a um cone
(aumentando a pressão do ar nos pulmões e empurrando o ar para fora), e o abdómen
desloca-se para dentro


Experimentem fazê-lo de forma consciente, mantendo toda a vossa atenção no processo da respiração. Cinco minutos por dia ou quando sentirem que é altura de voltar à base e de acalmar.

"PRACCHARDANA VIDHARANABHYAM VA PRANASYA"
"A calma é obtida através do controlo da expiração ou da retenção da respiração"  Yoga Sutra 1.38


Acima de tudo pratiquem a consciência
Love you all


Mafalda Sousa

PS: Pranayama - controlo do movimento do prana (através da nossa respiração)

PSS: Recomendo este livro: Light on Pranayama do BKS Iyengar. Podem encontrar também a versão em português, "Luz sobre o Pranayama". 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Limãozinho do bom!

Tapetes de Yoga lavadinhos e a cheirar bem levam à iluminação?

Acho que o caminho não tem de ser necessariamente por aí mas aqui vai um post com uma dica prática acerca da lavagem dos nossos amigos que diariamente são espezinhados e que tantas vezes nos amparam as quedas e testemunham grandes momentos de auto-conhecimento



1- Pôr o tapete na banheira

2- Esfregar e passar dos dois lados do tapete com metades de limão. Espremer o sumo e aproveitar a casca e polpa como esfregão.

3- Passar por água

4- Deixar a secar envolto num pano ao sol ou à sem pano mas à sombra. O importante é não os deixar apanhar luz solar directa para não estragar o material

Só o utilizo em tapetes de plástico, sejam dos eco mats ou daqueles mais normais e comerciais. Quando têm aquele género de tecido por cima, não sei que nunca experimentei. Mas o que seria da nossa vida sem um pouco de loucura e risco de quando em vez?



Podem também adicionar um bocadinho de bicarbonato de sódio que fica ainda melhor!

Namasté e boa prática 


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Percepção e mudanças


          

             Que todos nós temos visões do mundo diferentes já não é novidade. Há algumas décadas atrás havia uma maior uniformização do pensamento do que aquilo que há hoje em dia. A visão da permanência mudou, a perspectiva de tempo e duração de trabalho, relações e objectivos de vida mudou. A impermanência passou a ser parte da nossa vida tal como um trabalho para a vida inteira era há alguns anos atrás. Não sei se é bom ou mau, pessoalmente prefiro assim, com desafios e vontade de aprender mais e diferente.

               Até onde realmente aconteceu esta mudança pode ser passível de discussão: se é só para inglês ver ou se veio realmente cá de dentro. Sinceramente acho que depende mas continuo a trabalhar para que seja a partir do centro do meu lugar de consciência e plenitude. 

              Assim continua-me a fazer confusão que quem o deveria trabalhar mais (quem pratica e muitas vezes ensina disciplinas de trabalho consciente), continue a dizer que há só um caminho e que o meu método é que é o certo ou o mais antigo. Amigos, "certo" ou "antigo" não são o único caminho. Eu sei que já o referi noutros posts, mas há biliões de caminhos, por isso deixemo-nos de tantas preocupações com o que é certo ou com o que "devem" fazer e passem a seguir o que o vosso coração manda e o que o instinto diz. Sem julgamentos, nem ideias pré-concebidas. O que é verde para mim, é amarelo para ti... E depois? Fez-te seguir o caminho da consciência e da plenitude? Então só pode estar bem...

             Proponho o seguinte: se quisermos ir fazer um  programa diferente do que é costume, mas o nosso professor ou os nossos amigos não acham nada bem, avancemos (desde que não prejudique ninguém claro)... O pior que pode acontecer é eles terem razão e nós termos seguido o nosso instinto! Não me parece o pior cenário do mundo

             Acreditemos sempre que podemos mudar e que os outros também possam ter essa capacidade. Olhar tudo como se fosse a primeira vez, com consciência só nos pode enriquecer enquanto seres humanos.

             Atrevamo-nos a mudar as perspectivas!!! E a respeitar que os outros possam mudar as deles...


"VASTU SAMYE CITTA BHEDAT TAYOR VIBHAKTAH PANTHAH"

"Devido às diferenças nas diferentes mentes, a percepção de um mesmo objecto pode variar" - Yoga sutra  4.15


Namasté

PS: Volto a reforçar a ideia de que as nossas acções têm consequências (karmas) e de que devem de ser feitas com o maior respeito por nós e pelos outros... Em consciência e acordados sempre

sábado, 11 de agosto de 2012

Expectativas


Acho que faz parte de todos nós tentarmos dar o nosso melhor em tudo o que fazemos e somos, mas às vezes DÁ AZEITE! As intenções são as melhores, mas o Universo troca-nos as voltas e pumba, já saiu meio insulto no trânsito, ou uma resposta mais tortinha. Também espero que os outros se comportem como eu no meu melhor e depois fico chateada quando não o fazem, mas lá está... O Universo também pode trocar as voltas ao outro! E exigir dos outros aquilo que nós fazemos (às vezes ou quase sempre) é uma bela espiral descendente para o sofrimento.

Desilusões acontecem quando os outros não correspondem às nossas expectativas. Eu sou um bocadinho mais masoquista do que isso, tenho tantas expectativas em relação a mim, porque acho que posso sempre ser o melhor de mim, que muitas vezes me desiludo comigo e ainda fico chateada comigo. 

Às vezes falta-me essa compreensão e essa tolerância comigo, porque no fundo os outros são só espelhos daquilo que vai cá dentro... (ou adoptem aquela do "o problema não pode ser meu" e desde que sejam felizes com isso eu também sou) 
E quando eu penso nisto racionalmente as desilusões tornam-se mais suaves e é possivel relativizá-las e pô-las do tamanho delas, pequeninas e sem importância. Foi só um momento de pouca iluminação!! Muita expectativa e pouca iluminação...

O truque é continuar a esperar o melhor de nós, e acreditar que vai ser possivel em todas as situações agirmos com consciência, integridade e amor incondicional. E pelo menos agora ou só por hoje vou tentar ser tudo isto


terça-feira, 17 de julho de 2012

Errar é tão certo!!!

Hoje li um artigo acerca de como uma certa prática de Yoga (de um professor que eu desconhecia) não tinha quaisquer benefícios porque não nos livrava da roda do sofrimento. Era demasiado fisica e só trabalhava em Asana malucos e muito à frente do género de posições invertidas com torções e malabarismos.

Todos nós na nossa vida já fomos confrontados com situações em que as pessoas nos dizem que o que fazemos, como educamos (e nisto os pais sofrem), ou o que comemos é errado ou devia ser feito de outra maneira. Muitas vezes (leia-se quase sempre) isto de estar a julgar e a rotular as coisas como certas ou erradas deve ser cansativo, pelo menos eu fico mentalmente exausta quando entro nesses loops, e até lhes chamo as "rodas do sofrimento"!!! (leia-se com um certo tom de brincadeira no bom sentido)

Nesse artigo perguntavam que beneficios é que poderia trazer... Eu respondo: TODOS!!! Nem que seja perceberem que aquele não é o caminho! Ou que se podem magoar, porque invertidas com torções e malabarismos são hard core!

Agora meus amigos, errar é parte fundamental da experiência humana, nós estamos cá para experienciar e para nos relembrarmos da consciência pura e da plenitude que na realidade somos e para isso muitas vezes temos de errar, faz parte da teoria dual da coisa. Nesta perspectiva julgar também faz, e até o caminho do julgamento pode levar ao conhecimento. Todos somos diferentes, a maneira como eu aprendo não é nem tem de ser igual à de ninguém e essa diferença deve ser celebrada. Mas por favor não se apressem a julgar o que os outros fazem (e eu prometo que também me vou lembrar), porque mesmo o caminho "errado" pode e vai fazer parte do caminho!!

Vivam a vossa vida e experienciem todos os lados e ângulos, só o conhecimento nos pode livrar do sofrimento... e celebrar a vida todos os dias com amor e alegria também ajuda

Love you all 



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Acreditar, um post em forma de manifesto

E se eu acreditar? Se acreditar que posso mudar o mundo, dar o melhor de mim em tudo o que faço, se acreditar que é possivel todos vivermos em  consciência?



A primeira resposta que me vem à cabeça é um post que escrevi acerca de ilusão e realidade! E se a ilusão for consciente? E se tivermos um sonho e uma visão e a quisermos viver mas com os pés na terra sabendo que queremos trabalhar nela e construí-la?

Eu acho que é possivel... O John Lennon também!!! Já somos pelo menos dois...

John Lennon https://www.youtube.com/watch?v=XLgYAHHkPFs&feature=player_embedded

As aprendizagens estarão sempre lá, mais fáceis ou mais dificeis, mas acredito sempre... No que vale a pena, acredito sempre!!!

No que vale a pena acredito sempre!!!

PS: Desculpem o post em forma de manifesto mas precisava de me relembrar...


terça-feira, 12 de junho de 2012

Satya viver em verdade






Lembrei-me de vos fazer mais um DESAFIO (que eu vou enfrentar também):

Durante 21 dias viver em SATYA, viver em verdade absoluta. Não há mentiras do género:

."O cão comeu o meu trabalho de casa"
." Não atendi o telefone porque estava na cozinha", ou longe dele
." Ficas tão gira com esse vestido"
. etc etc etc

21 dias porque é o tempo necessário para nos livrarmos de um hábito antigo e criarmos um novo.

Lembram-se do filme "O Mentiroso Compulsivo"? Vivê-lo é o desafio para os próximos 21 dias, Viver em verdade absoluta.


Toda a criação começa com o pensamento, que passa a palavra e que origina o acto.
É assim que vamos criando de maneira mais ou menos consciente a nossa realidade no dia a dia.

Quando nos oferecem um gelado, dizemos que não queremos porque pode parecer mal, então estamos a agir em oposição àquilo que realmente vai dentro de nós.

Quando pensamos uma, dizemos o oposto e fazemos diferente, estamos a gerar "inverdades" (não sei se a palavra existe mas parece-me bem), o que origina uma realidade diferente daquela que idealizámos. Simples, né? Continuamos todos os dias a gerar realidades diferentes daquilo que realmente somos e queremos.

Por favor não confundam isto com ter o carro topo de gama ou o telemóvel de última geração porque isso são desejos do ego e não da nossa verdadeira essência (consciência, amor incondicional e plenitude).


Só mais uma achega, viver em verdade não quer dizer ser cruel para as pessoas, utilizem sempre que necessário uma dose de ahimsa (não violência), ou se vos pedirem uma opinião, em vez de criticar oferecer uma outra solução. Que tal?

Há também a outra regra de ouro, respondermos só por nós e pela nossa vida...
Prontos?


"satya pratisthayam kriya phala ashrayatvam" - Yoga Sutra 2.36
A quem está firmemente estabelecido na verdade, os frutos da acção tornam-se subservientes.


A natureza gosta da honestidade, não é preciso corrermos atrás das coisas, porque elas virão ter contigo. Se formos sempre verdadeiros, vamos viver em verdade, criar verdade, sem ilusões e em consciência absoluta.

Vamos?


Namasté

Mafalda Sousa

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quando os ventos da mudança sopram...



Nada é permanente, nem a Terra, nem as montanhas, nem as pessoas. Precisamos dessa ilusão de imutabilidade para planearmos, para prevermos, para termos no fundo uma certa ilusão de segurança.
E essa ilusão é necessária mesmo?
Como qualquer outra ilusão desde que tenhamos conhecimento e consciência que ela lá está é tranquilo...
O problema reside no facto de acharmos que nós somos permanentes e imutáveis, que as pessoas à nossa volta estarão sempre lá ou que as circunstâncias não mudarão nunca.... Só por isso nunca devemos deixar nada por dizer nem por fazer...

E depois os ventos da mudança sopram e ou construímos muros ou moinhos de vento (desculpem o cliché, mas é um belo ditado chinês).

Quanto mais forte o vendaval, maior a necessidade de nos centrarmos, de meditar, de nos equilibrarmos, por isso, aproveitem a energia desse vento, sem resistir, só a observar onde nos leva...

Em consciência sempre!!! E a acreditar no melhor sempre!!!


Namasté

Mafalda


P.S.: Construimos todos uns parques eólicos por aí??? Muito amor e paz...


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Karma e karma

E quando temos nervoso miudinho e não sabemos porquê? E quando estamos mais voláteis, do género bombinha relógio? E os que passam a vida nisto? A vida não tem de ser tão difícil meus amigos...

Normalmente estes sintomas vêm de algum desalinhamento entre o nosso verdadeiro e mais alto potencial e o que fazemos na realidade. Quando as nossas diferentes dimensões (corpo, mente, prana, consciência pura) andam em desacordo, DÁ AZEITE!!!!

Há uma regra básica na nossa vida, tudo o que pensamos, e tudo o que fazemos tem consequências. O karma de acordo com o sânscrito (e os Yoga Sutras segundo Patanjali) significa duas coisas: a acção e o resultado da acção.
Eu quando saio de casa e sorrio para alguém que me parece triste posso ter alegrado o dia a alguém. A minha acção teve uma consequência, neste caso de elevação energética (nem sempre são assim). Num país de base maioritariamente católica como o nosso, achamos que karma é um castigo ou uma punição, porque nos portámos mal de alguma maneira... Mas segundo os Yoga Sutras é simplesmente uma consequência. É colher aquilo que plantamos. Planto laranjas... Crescem...... Laranjas

Quando na minha vida planto um pensamento de paz e centro, é esse sentimento que vou ter no momento, paz e centro.... Mas se a minha consciência quer paz, a minha mente quer um novo modelo do carro, ou uma noitada e o meu corpo me pede Ásana (posturas fisicas de Yoga) então a volatilidade instala-se, não estou a cumprir o meu mais alto potencial, a calma, o centro, a paz...

Nestes momentos, sentamo-nos e ouvimo-nos, aí agimos de acordo com o que "realmente" queremos, de maneira a que o nosso tempo aqui não seja desperdiçado com quem não queremos ou a fazer o que não nos preenche.

Karma gera karma. Acção gera um resultado da acção. Mais simples é impossivel!!!

क्लेशमूलः कर्माशयो दृष्टादृष्टजन्मवेदनीयः॥१२॥ 
"O nascimento dos karmas (acção e reacção), tem as suas raizes nesses obstáculos (ignorância, aversão, egoísmo, ódio, vinculo), e esses karmas trazem experiências no presente e em futuros nascimentos"  Yoga Sutra 2.12 




Vamos sempre a tempo de mudar e transformar a nossa vida!!!!

Eu acredito!!!

Namasté


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Consciência pura

Há muitos mestres, amigos, professores... Há aqueles que nos ensinam acerca de um determinado tema e há aqueles que nos inspiram, que nos relembram o que realmente somos a consciência pura que não tem nada a ver com os papéis que naturalmente representamos. Com a minha mãe, faço o papel de Mafalda-filha, com os meus amigos de Mafalda-amiga, no trabalho de Mafalda-instrutora de Yoga (em género de livro da anita, "Mafalda vai ao supermercado")
E esses papéis são necessários, não falo com a minha família da mesma maneira que me dirijo aos meus amigos, porque as pessoas são diferentes e devo chegar até elas de maneira diferente. 
Mas tenho de o fazer em consciência. Saber que quando estou a almoçar com alguém isso é só uma parte de mim, quando tenho um problema isso é outra parte de mim. Um problema não me define, todos nós somos muito mais do que isso. Somos a consciência que observa tudo isto, somos o espaço infinito entre cada uma destas qualidades ou defeitos. Ver o todo sempre!!! Observem a vossa mente, os vossos pensamentos e relembrem...

"cidānandarūpaḥ śivo'ham śivo'ham" - Nirvana Satkam
Minha natureza é consciência e plenitude. Sou Ser, sou Ser.


Vamos todos acordar para a beleza magnifica daquilo que realmente somos!!!!!
Este fim de semana aprendi com um desses professores que nos inspiram, que pela sua simplicidade e exemplo nos indicam o caminho. Chama-se Pedro Kupfer e sempre que tiverem a oportunidade de aprender com ele aproveitem e Inspirem-se.

Namasté

Mafalda

sexta-feira, 11 de maio de 2012

SANTOSHA : a arte do contentamento






O mundo é para muitas pessoas um lugar tramado, onde todos tentam passar a perna ou num nível mais subtil, pelo menos querem-nos vender alguma coisa.
Por vezes torna-se difícil acreditar no dar sem ganhar nada em troca! Mas há uma parte em nós a que podemos aceder facilmente através da arte do contentamento: Santocha.

Há dias complicados, e não é só para nós mulheres (sem bem que o SPM não ajuda), mas todos nós temos dias onde parece que não temos opções e tudo é dificil: desde levantar da cama até deitar… Nesses dias apresento-vos a “minha” Mezinha caseira. Que de minha não tem nada, mas quando a utilizo passa a ser um bocadinho de mim, e se quiserem de nós! 

Santosha é um dos Nyiamas do Yoga segundo Patanjali e traduz-se em "contentamento ou satisfação"

Uma breve meditação, só relembrar e agradecer por tudo o que temos na nossa vida… (Pode ser feita em qualquer hora e em qualquer sitio, o meu único conselho é que o façam muito e sempre que possam )



Sou feliz pelas pipocas incríveis que comi ontem

Obrigada pela comidinha abundante e maravilhosa na mesa

Obrigada pelos amigos incríveis

Sou feliz por ter uma família maravilhosa,

Sou feliz pelas pessoas que encontro e me inspiram,

Sou feliz e agradeço por todas as viagens que já fiz, para fora ou para dentro

Sou feliz pelos abraços que já dei

Sou feliz por ter praticado Yoga hoje

Lembrem-se de todas e mais algumas e se sair parvoíce é muito bom sinal, quer dizer que demos a volta e saímos do “dark side of the force”.

Namasté

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Decisões: Baseadas no medo ou em amor?





Todas as nossas acções têm como base uma de duas emoções: Amor ou Medo.


O Amor é Amor, o Medo é a ausência de amor. Um sem o outro não existem, e para experimentarmos um passaremos necessariamente pelo outro (sorry, regra básica da dualidade).

 Quem não tem medo de perder alguém que ama? (Acho que só quem sabe que na realidade não perdemos nada e somos todos parte do mesmo, e para isto o nível de iluminação tem de ser mesmo muito elevado, coisa que eu ainda nem aspiro a…)

Este ano tem sido um verdadeiro desafio à nossa capacidade de viver em Amor, tranquilos e a acreditar na ordem natural das coisas. Tem sido um ano que nos tem posto à prova os nossos medos mais profundo, o medo de ficar sem trabalho, o medo de não ter suficiente, o medo do medo. Até agora a sociedade funcionou assim, a autoridade foi-nos imposta dessa maneira, através desse clima austero em que quem controla os medos dos outros controla o mundo, mas meus amigos as coisas estão a mudar.. E só mudam se nós as quisermos mudar, se acordarmos desta ilusão e tomarmos as rédeas das nossas vidas. A escuridão é a ausência de luz, tal como a ignorância é a ausência do conhecimento.


 Então o que é que eu posso fazer? A única coisa que eu sei… tentar viver em consciência, tentar que a minha prática de Yoga seja 24h por dia e o meu tapete de yoga todos os lugares onde eu piso. Vamos tentar, já chega de ignorância, de apertos no coração, de stress, e de caos. Primeiro encontrem o vosso centro, o sítio a partir do qual agimos por amor e não por medo e a partir daí este mundo cheio de cor e aprendizagens é nosso para desfrutar e experienciar.

Uma das técnicas para ficarmos no nosso centro é o Pranayama (respiração), simples e só demora 5 minutinhos por dia. Sim, porque se queremos transformações na nossa vida temos de estar dispostos a fazer algumas mudanças.(já não sei quem disse isto mas acertou em cheio).

"PRACCHARDANA VIDHARANABHYAM VA PRANASYA"

A calma é retida pelo controlo da expiração ou pela retenção da respiração. – Yoga sutra 1.34


Outro dos segredos é fazermos algo de que gostamos todos os dias: brincar com os filhos, ver um pôr-do-sol, estar com amigos, meditar ou escrever.
Quando se sentirem bem e energizados aí é que está o centro. Aí é que estamos no ponto certo para tomarmos as nossas decisões.


Namasté

PS: Amor não é necessariamente a imagem romântica dos filmes do beijinho no fim... Amor é alegria pura e existe em quantidades infinitas!!!! Tá tudo a partilhar pelo menos um sorriso hoje como TPC!! 

PSS: Para mais exercícios de respiração Ver post do desafio dos 21 dias

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O Yoga que a minha cadela Shanti me ensina

Adoptei uma cadela linda de morrer, chama-se Shanti (paz), e é a rafeira mais maravilhosa do mundo que me tem ensinado muito.
Uma das principais intenções da minha prática de Yoga é conseguir transpor os ensinamentos para o meu dia a dia. E como em tudo, há dias mais fáceis do que outros....
Há dias em que a nossa mente está desarrumada, com as emoções ao rubro e por muito que queiramos que ela se acalme é preciso chamá-la à atenção vezes sem conta. Um bocadinho como com a Shanti, tem de ser ensinada, as regras da casa e da nossa vida, e isso só vai lá por repetição. As vezes que forem necessárias. Como a nossa mente, temos de a ensinar a focar-se senão toma conta de nós e da nossa vida e o caos instala-se.

"YOGAS CITTA VRTTI NIRODAH"
 O objectivo do Yoga é limitar as flutuações da mente - Yoga Sutra 1.2

Hoje cheguei à varanda e estava assim...


Aproveitei e dediquei-me somente à limpeza, tentando focar a mente só no que estava a fazer, LIMPAR. Ensinar à Sra.  mente a concentrar-se numa só coisa de cada vez e parar com as flutuações que só trazem caos à nossa vida. E ficou assim...





OK! Não sei por quanto tempo, agora pelo menos acalmou um bocadinho...

Moral da história, sempre que as emoções comecem a tomar conta de vocês, sempre que não conseguirem acalmar e o caos seja o que domina, parem, respirem fundo e foquem-se na respiração, ou na limpeza, ou no que for... Acalmem as flutuações da mente que tudo à volta também acalma...


Namasté!!!



P.S: Yoga Sutras de Patanjali com comentários do Sri Swami Satchidananda são muito bons.... Encontram no Amazon no link seguinte http://www.amazon.com/The-Yoga-Sutras-Patanjali-Satchidananda/dp/0932040381

PSS: Yoga é vida, não se limitem a praticar só no tapete!!!! 

quinta-feira, 22 de março de 2012

O que deve de ser vs. O que realmente é



Até agora ainda não conheci ninguém que não tivesse uma ideia pré-concebida acerca do que deve ser como pessoa, amante, amigo/a, profissional, como os outros deveriam de ser, como amantes, amigos e profissionais.  Qualquer que seja o nosso grau de "ilusionite" (doença da ilusão), a maior parte do tempo a coisa corre às mil maravilhas e o véu da ilusão deixa-nos viver dessa maneira. Depois chega a realidade...

O meu trabalho e modo de vida?
Professora de Yoga

Ideia ilusória?
Todos os Professores de Yoga são pessoas altamente evoluídas que não se magoam, não adoecem e são super-humanos

 "O Equívoco ocorre quando o conhecimento de algo não é baseado na sua forma real" - Yoga Sutra 1.8 -

Acontece que tive um pequeno contratempo na minha saúde, acontece também que tive esta semana a trabalhar quando devia ter estado parada. Porquê? Porque os Instrutores de Yoga não adoecem, e se adoecem não é para andar por aí a espalhar a palavra. Ridículo, não é?

Mas sabem o que me salvou a vida nestes últimos meses de ansiedade? Pranayama (Respiração) e Meditação. Sem eles o caos mental tinha "espiralado" por aí abaixo e apesar de ainda estar em processo de cura, aprendi mais uma vez que sermos sobre-humanos é só ilusão, é o equívoco que ocorre quando o conhecimento não é real.
As boas notícias são que tenho uma ferramenta de super-herói, que todos os dias me volta para dentro, me equilibra e me mostra o que é viver em consciência.

Apaixonada pela prática de Yoga? Sempre e cada vez mais




Namasté

Mafalda Sousa


domingo, 11 de março de 2012

Vinyasa Yoga





Uma demonstração linda de Vinyasa Yoga. O termo Vinyasa pode ter diferentes significados tal como a maior parte das traduções do sânscrito e (para mim) significa a ligação de posturas através de movimentos conscientes utilizando a respiração como veículo levando à meditação em movimento.








A fluidez das posturas que nos mostra o carácter impermanente da vida.
Sigam o link



segunda-feira, 5 de março de 2012

O Desafio de 21 dias



21 dias é o tempo necessário para o nosso corpo ganhar ou perder um hábito. Nestes tempos de mudança tão alucinante os desafios dos 21 dias têm-me salvado a vida, diminuido os níveis de ansiedade, e têm levado a minha prática a um nível completamente diferente. Mais real, mais equilibrado, mais inteiro.

Comecei por 21 dias de Om Mani Padme Om, o mantra budista que nos traz a vibração da Compaixão. E sim... Houve dias em modo "vou despachar", outros a maior parte do tempo em modo automático, outros em que estava em Sadhana profundo, 100% dedicada e presente no que estava a fazer. E nesses momentos a consciência expande e o equilibrio fica.

Muitas vezes sinto que todas as práticas de consciência actuam por camadas em mim. Cada prática vai retirando camada a camada que vamos pondo em nós. Adoro essa imagem da retirada de cada um dos véus da ilusão (Maya) para vermos a realidade como ela é. Sem ilusão. E a realidade pode não ser o que eu idealizo ser mas pelo menos é um passo em frente eu a ver como é.

Outra ideia para o desafio dos 21 dias


Anuloma Viloma: A prática de Pranayama, o conhecimento e controlo do Prana (Força Vital).
Este exercício estabelece um equilíbrio entre os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, produzindo uma maravilhosa sensação de serenidade.

Senta-te numa posição confortável, com as mãos repousadas no colo. Fecha os dedos indicador e médio da mão direita deixando os outros esticados. Leva a mão ao nariz, coloca o polegar direito sobre a narina direita para a fechar e inspira suavemente pela narina esquerda

De inicio pode ser meio confuso, por isso, melhor que só ler a explicação seguinte é mesmo ler e fazer pelo menos duas vezes até ficar percebido.

Inspiramos pela narina Esquerda em 1,2,3, retemos a respiração em 1,2,3,4,5,6,7,8,9 e expiramos pela direita em 1,2,3,4,5,6. Inspiramos pela direita em 1,2,3, retemos 9 e expiramos pela esquerda em 6.


Quando estiver adquirido 10 voltas completas pelo menos uma vez por dia vai equilibrar o teu sistema nervoso e o teu Prana.

Ideal seria mesmo terem um professor de Yoga convosco para vos orientar nas primeiras vezes. Se tiverem tensão alta ou surgir algum género de desconforto durante a prática de Pranayama, parem e partilhem com o vosso professor que vos poderá ajudar ou aconselhar a uma prática ainda mais suave.

Boas práticas!!!! Namasté